terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Supermercados ecologicamente corretos

A rede de supermercados britânica Tesco, terceira maior varejista do mundo, promete liderar a economia low-carbon (baixas emissões de carbono) colocando nos rótulos de seus produtos, ao lado do preço e quantidade de calorias, quanto de carbono emitem. O objetivo é que o consumidor possa comparar, através das etiquetas dos produtos, o “custo de carbono” assim como compara a quantidade de sal de um produto.
A rede de supermercados que hoje produz dois milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano no Reino Unido pretende cortar as emissões das lojas e centros de distribuição em 50% em 2020 e reduzir em 50% em cinco anos a quantidade de CO2 produzida pelas atividades da rede de distribuição dos seus produtos.
A primeira loja com baixas emissões de carbono foi inaugurada recentemente, nela os telhados possibilitam a entrada de luz natural, a refrigeração é feita com CO2 ao invés de HFCs e a usina de calor é alimentada por óleos vegetais reciclados fazendo com que a loja gere sua própria energia e use o calor desperdiçado. Estas medidas já fazem parte do plano de cortar pela metade as emissões de CO2.
Além disso, as prateleiras de ferro foram substituídas por prateleiras de madeira, aumentaram o uso de materiais recicláveis, instalaram sistemas de medição para monitorar o uso de água e energia, e o controle para evitar, o máximo possível, a geração de lixo no processo de construção, com a reutilização dos materiais não usados.
Mas o Tesco não está sozinho, outras redes de supermercados concorrentes também estão investindo em ações para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A rede Sainsburry anunciou que até setembro todas as lojas do país irão transformar os alimentos que antes iriam para o lixo em energia elétrica. A gerente de meio ambiente do Sainsburry acredita que cada tonelada de lixo de alimentos desviada dos aterros sanitários irá gerar energia suficiente para fornecer eletricidade para 500 casas e irá economizar três toneladas de CO2.
Segundo ela, a empresa pretende dispensar o uso de aterros sanitários para todo o lixo que produz até o final do ano. Os restos alimentares terão dois possíveis destinos: biodigestores, que produzem o biogás, e refinarias de bicombustíveis em regiões onde as tecnologias de digestão anaeróbica não estejam disponíveis.

Sensacional saber que medidas como estas já estão sendo tomadas em alguns países. Com certeza o exemplo de grandes empresas como estas, marca o início de uma nova era de mudanças principalmente na educação das pessoas em relação a práticas “ambientalmente corretas”.

Enquanto isso no Brasil, a “vida” de nossos aterros sanitários está se acabando (muitos já se esgotaram há tempos), talvez já esteja mais do que na hora de tomarmos atitudes que vão muito além das “sacolas sustentáveis” até porque sabemos que uma porcentagem considerável de pessoas continua usando os sacos plásticos.


Fonte: carbonobrasil em 29/01/09
envolverde em 22/01/09

Um comentário:

  1. Gabriela, tudo bom? Vamos manter contato, trocar idéias e dicas deste mundo que sonhamos: mais verde e justo! Um super beijo e parabéns pelo post, também estou escrevendo um sobre estas ações. Sempre é bom reforçar!

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