terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Um grande estímulo para as Energias Renováveis

Foi criada, no dia 26 de janeiro na cidade de Bonn na Alemanha, a Agência Internacional de Energias Renováveis (Intenational Renewable Energy Agency – Irena). Esta nova entidade, iniciativa do governo da Alemanha, Dinamarca e Espanha, será responsável por incentivar os governos a promoverem medidas para o estímulo de novas energias.
A grande surpresa é um país com grande potencial para fontes limpas de energia como o Brasil não ter assinado o documento, pois segundo a imprensa do Ministério de Relações Exteriores, os bicombustíveis e a energia hidroelétrica não seriam prestigiados pela agência que terá um foco maior nas energias eólica e solar.
A Irena irá ajudar os governos a traçarem novas políticas e legislações assim como realizará consultorias e acompanhamento de empreendimentos no setor. O maior incentivador da criação da agência, o parlamentar alemão Hermann Scheer, acredita que este órgão internacional ajudará a romper as barreiras de preconceito com relação às novas energias e diz ainda que será uma ótima forma de combater os lobistas dos combustíveis fósseis.
Outros países, como EUA, Japão, Austrália e Canadá, também não assinaram o documento, mas diferentemente do Brasil, que chegou a levar um representante pra Alemanha, eles não demonstraram interesse na agência no momento.

Com um aumento de 50% na produção os Estados Unidos tornaram-se líderes mundiais no setor de energia eólica em 2008, ultrapassando a Alemanha. Segundo a CEO da Associação Americana de Energia Eólica (AWEA), em época de crise espera-se que o novo presidente Obama consiga incentivar a sociedade a não parar de investir em novas tecnologias de energia.

O investimento em fontes de energia renovável é realmente muito interessante, principalmente tratando-se da energia eólica, pois sua instalação e funcionamento são praticamente simples e é a única que pode promover os cortes necessários nas emissões.
Além de ser muito bom para o meio ambiente, este tipo de energia também ajuda muito na economia global criando novos empregos ao redor do mundo.
O Brasil tem um imenso potencial para energias renováveis por isso seria muito bom se o país resolvesse, o quanto antes, aderir a Agência Internacional de Energias Renováveis que tem como um dos focos principais a energia eólica.

Fonte: carbonobrasil em 06/02/09

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Supermercados ecologicamente corretos

A rede de supermercados britânica Tesco, terceira maior varejista do mundo, promete liderar a economia low-carbon (baixas emissões de carbono) colocando nos rótulos de seus produtos, ao lado do preço e quantidade de calorias, quanto de carbono emitem. O objetivo é que o consumidor possa comparar, através das etiquetas dos produtos, o “custo de carbono” assim como compara a quantidade de sal de um produto.
A rede de supermercados que hoje produz dois milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano no Reino Unido pretende cortar as emissões das lojas e centros de distribuição em 50% em 2020 e reduzir em 50% em cinco anos a quantidade de CO2 produzida pelas atividades da rede de distribuição dos seus produtos.
A primeira loja com baixas emissões de carbono foi inaugurada recentemente, nela os telhados possibilitam a entrada de luz natural, a refrigeração é feita com CO2 ao invés de HFCs e a usina de calor é alimentada por óleos vegetais reciclados fazendo com que a loja gere sua própria energia e use o calor desperdiçado. Estas medidas já fazem parte do plano de cortar pela metade as emissões de CO2.
Além disso, as prateleiras de ferro foram substituídas por prateleiras de madeira, aumentaram o uso de materiais recicláveis, instalaram sistemas de medição para monitorar o uso de água e energia, e o controle para evitar, o máximo possível, a geração de lixo no processo de construção, com a reutilização dos materiais não usados.
Mas o Tesco não está sozinho, outras redes de supermercados concorrentes também estão investindo em ações para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A rede Sainsburry anunciou que até setembro todas as lojas do país irão transformar os alimentos que antes iriam para o lixo em energia elétrica. A gerente de meio ambiente do Sainsburry acredita que cada tonelada de lixo de alimentos desviada dos aterros sanitários irá gerar energia suficiente para fornecer eletricidade para 500 casas e irá economizar três toneladas de CO2.
Segundo ela, a empresa pretende dispensar o uso de aterros sanitários para todo o lixo que produz até o final do ano. Os restos alimentares terão dois possíveis destinos: biodigestores, que produzem o biogás, e refinarias de bicombustíveis em regiões onde as tecnologias de digestão anaeróbica não estejam disponíveis.

Sensacional saber que medidas como estas já estão sendo tomadas em alguns países. Com certeza o exemplo de grandes empresas como estas, marca o início de uma nova era de mudanças principalmente na educação das pessoas em relação a práticas “ambientalmente corretas”.

Enquanto isso no Brasil, a “vida” de nossos aterros sanitários está se acabando (muitos já se esgotaram há tempos), talvez já esteja mais do que na hora de tomarmos atitudes que vão muito além das “sacolas sustentáveis” até porque sabemos que uma porcentagem considerável de pessoas continua usando os sacos plásticos.


Fonte: carbonobrasil em 29/01/09
envolverde em 22/01/09

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Governo “abre os olhos” para o amianto

A proibição do uso do amianto, fibra mineral com propriedades físico-químicas que causa graves riscos a saúde e ao meio ambiente, vem sido discutida há anos. No Brasil o amianto tem sido empregado em milhares de produtos, principalmente em telhas, caixas d’água, pastilhas e lonas para freios, etc. As fibras do amianto produzem um pó de partículas muito pequenas que aderem as roupas e são facilmente inaladas ou engolidas trazendo assim, vários problemas para os trabalhadores ou pessoas expostas a estas partículas.

Na última quinta feira (29), nosso ministro do meio ambiente Carlos Minc assinou a Portaria nº 43, que proíbe o uso do amianto em obras públicas e veículos de todos os órgãos vinculados à administração pública. Além disso, quatro estados já haviam banido o uso do produto em nosso país: Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Na União Européia é proibida a utilização do amianto desde 2005. Países como Suíça e Chile proíbem igualmente seu uso. Já o Canadá proíbe o uso do amianto dentro do país, mas é o maior exportador mundial do produto.


É um absurdo, nos dias de hoje em que as pessoas tem livre e total acesso a informação, que o amianto ainda seja usado por muitos trabalhadores em nosso país. Mesmo sabendo dos graves danos que este produto traz a saúde e ao meio ambiente, estes trabalhadores muitas vezes não utilizam EPI (equipamento de proteção individual), seja por irresponsabilidade dele ou mesmo da empresa que não o fornece.
Esta Portaria aprovada pelo Minc é só o começo de muitas medidas que devem ser tomadas em relação ao uso do amianto. O governo deveria criar novas leis proibindo “definitivamente” a utilização e comercialização do amianto no Brasil, além disso, deveria haver uma forte fiscalização como garantia do cumprimento destas leis. Se isso não for feito (e logo) teremos milhares de pessoas morrendo de asbestose, câncer de pulmão ou mesotelioma.

Fonte: ambientebrasil.com em 30/01/09
abrea.org em 02/02/09
inca.gov em 02/02/09