segunda-feira, 27 de abril de 2009

CAXIMBA

Já não é de hoje que nós, principalmente paranaenses, ouvimos que a vida útil do aterro da Caximba encerrou. O aterro que fica localizado a 23 quilômetros do centro de Curitiba, no bairro Caximba entre os municípios de Araucária e Fazendo Rio Grande, já teve seu “tempo de vida útil” prolongado 2 vezes. Projetado para “durar” cerca de 11 anos, o aterro está recebendo resíduos de Curitiba e mais 16 municípios há 20 anos.
O aterro começou a operar em 1989 e até maio de 2004 já havia recebido oito milhões de toneladas de lixo. Desde maio deste mesmo ano que grandes geradores, como restaurantes, bares, aeroportos, shoppings e supermercados, tiveram que apresentar seus planos de gerenciamento de resíduos para a Prefeitura, a fim de implementarem programas de separação e coleta seletiva. Em 2009 esses grandes geradores, que produzem mais de 600 litros de resíduos por semana, foram proibidos de depositá-los no aterro.

A Alemanha acabou de anunciar que colocará em funcionamento neste mês o primeiro sistema de captura e armazenamento de carbono (CCS) instalado em uma termoelétrica de grande escala, sinalizando que o uso da tecnologia está mais próximo de se tornar viável. E nós?...Nós ainda não conseguimos nem se quer controlar um aterro sanitário...

Esses grandes geradores já deveriam ter se adaptado a estas medidas há muito tempo, visto que o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS é previsto por lei. E, agora mais do que nunca, devem se alertar sobre a importância da redução e principalmente da separação correta dos resíduos que geram.
É de se saber que existem várias empresas receptoras de resíduos - como papel, papelão, plástico, orgânico, metal, resíduo hospitalar, resíduo tóxico, entre outros tipos – que são licenciadas por serem capazes de destinar corretamente estes resíduos.
As empresas não podem continuar evitando medidas ambientalmente corretas com a desculpa de que vai custar muito dinheiro, até porque uma multa custaria muito mais.
O Meio Ambiente não pode ser visto como um vilão ou como uma dor de cabeça, procedimentos ambientalmente corretos,assim como outros procedimentos, também se tornarão rotina nas empresas e ninguém mais precisará ter receio da fiscalização do Órgão Ambiental.
O que esta acontecendo hoje com o nosso aterro é só mais um dos vários casos que estão acontecendo hoje na grande maioria dos aterros do Brasil. Já está mais do que na hora dos setores privado e público caminharem juntos para que possam resolver esta questão da melhor maneira para todos, principalmente para o Meio Ambiente.

Bemparaná em 14/04
Jornalcomunição em 17/04
Carbonobrasil em 15/04

Um comentário:

  1. Realmente é um assunto a se considerar, e muito. Principalmente quando se tem a preocupação de aonde depositar o lixo se as empresas não entrarem em acordo com o governo e liberar a Licitação suspensa pelo TCEPR.
    "Por que não planejaram antes? Por que não elaboraram um relatório de planos de resíduos sólidos?", se sabiam que em 2009 já teriam que ter tomado providências. Mais uma vez o MEIO AMBIENTE vai pagar caro pelo descaso das autoridades.

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